terça-feira, 30 de março de 2010

APRENDA O CORRETO...RSS

E a gente pensa que repete corretamente os ' ditos populares'
Dicas do Prof. Pasquale:

No popular se diz: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro' "Minha grande dúvida na infância... Mas que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro???"
Correto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro' "Tá aí a resposta para meu dilema de infância!" EU NÃO SABIA.. E VOCÊ?

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'
Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.' "Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele?" Tudo bem eu era uma malinha!

'Cor de burro quando foge.'
O correto é: 'Corro de burro quando foge!' Esse foi o pior de todos!
Burro muda de cor quando foge??? Qual cor ele fica??? Porque ele muda de cor??? Eu queria porque queria ver um burro fugindo para ver a cor dele! Sério!

Outro que no popular todo mundo erra: 'Quem tem boca vai a Roma.'
"Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia! Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar!" O correto é: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado, "Cuspido e escarrado" - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. "Esse... Sei lá!"
O correto é: 'Esculpido em Carrara.' (Carrara é um tipo de
mármore)

Mais um famoso.... 'Quem não tem cão, caça com gato.' "Entendia também, errado, mas entendia! Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda! Tudo bem que o gato só faz o que quer, quando quer e se quer, mas vai que o bicho tá de bom humor!"
O correto é:'Quem não tem cão, caça como gato.... ou seja, sozinho!'

Vai dizer que você falava corretamente algum desses????

Um comentário:

  1. Pois é Lu, a lingua portuguesa é cheia de mal-entendidos que se arrastam por gerações e acabam caindo no uso popular. E sabe de uma coisa? Mesmo conhecendo a forma correta destes ditos, continuo falando da forma errada! É que se a gente disser corretamente, perde-se o sentido coloquial e o ditado acaba ficando sem função!
    Estranho, né?

    Bem, interessante também são as origens de alguns ditos populares. Vou citar alguns apenas para ilustrar:

    "NÃO ENTENDO PATAVINA!" - O pensador, filósofo e escritor Tito Lívio, nascido no ano de 59 a.C. em Patavium (hoje Pádova, capital de Pádua na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Quando ficou famoso com suas obras literárias, viajava pela Itália e fazia discursos, os quais nem todos entendiam, devido ao dialeto que falava. Daí surgiu o Patavinismo, que originariamente significava não entender o Tito Lívio. O povo dizia não entender patavina!

    "SALVO PELO GONGO!" - A origem desta expressão é muito curiosa! Durante a idade média era comum o uso de utensílios (pratos e copos), fabricados em estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada – lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa – Isso acontecia freqüentemente com os tomates, que, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos.

    Copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Esta combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho). Alguém que passasse pela rua poderia pensar que a pessoa estava morta, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro!

    A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira de pano no pulso do defunto, sendo que esta tira passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino fincado ao lado do túmulo. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar.

    Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", um termo usado até os dias atuais!

    "ANDAR À TOA" - Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Hoje em dia, acabaram dando um significado um pouco diferente para esta expressão.

    É isso aí, Lu! Bjs!

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